STJ nega liberdade a vereador acusado de pistolagem no RN
Odelmo Rodrigues foi preso em agosto durante a operação Mal Assombro.
Mesmo detido, foi o mais votado de Assu e acabou reeleito pela população.
(Veja como foi a votação em Assu no G1)
O vereador Odelmo de Moura Rodrigues nega as acusações. Ele foi preso durante a Operação Mal Assombro, deflagrada pelo MP Estadual e Polícia Civil no final de maio deste ano. Ele é acusado de liderar uma quadrilha de pistoleiros na cidade de Assu e região. Entre os alvos do bando, segundo as investigações, estava o deputado estadual Nélter Queiroz. O parlamentar, em razão das ameaças e da necessidade de andar escoltado, pediu licença de 120 dias da Assembleia Legislativa potiguar.
Ainda de acordo com o Ministério Público, a quadrilha apontada nas investigações cometia assassinatos por motivos diversos, que vão desde brigas pessoais a possíveis disputas econômicas e políticas.
Operação Mal Assombro
A Operação Mal Assombro, que recebeu este nome em razão do terror que os acusados causavam à população do Vale do Açu, na região Oeste potiguar, foi deflagrada no último dia de maio, coordenada pelo Ministério Público em parceria com a Divisão de Polícia do Oeste, a Divipoe.
O cumprimento dos mandados de prisão, busca e apreensão ocorreram nas cidade de Assu e Guamaré, com o objetivo de combater crimes de pistolagem, porte e posse ilegal de arma de fogo. Ao todo, 12 pessoas foram presas e 21 armas encontradas, entre elas espingardas, pistolas, revólveres, rifles, granadas, munições de diversos calibres e três camisas e um
colete da Polícia Civil.
Segundo informações do delegado Odilon Teodósio, titular da Divipoe, foram cumpridos 21
mandados nas casas, estabelecimentos comerciais, escritórios e sítios dos investigados. Entre os presos, estava o presidente da Câmara Municipal de Assu, Adelmo Rodrigues Caldas, com quem foram encontradas três armas, sendo um rifle calibre 22, uma carabina calibre 38 e uma garrucha.
Aos policiais, o vereador contou que as armas fazem parte de uma herança e estão com a família há muitos anos. Adelmo pagou fiança no valor de 30 salários mínimos e foi liberado,
assim como a maioria dos presos.
G1.com
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