segunda-feira, 7 de abril de 2014

Sob aplausos, corpo do ator José Wilker segue para a cerimônia de cremação


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O carro funerário levando o caixão de José Wilker deixou o Teatro de Ipanema, na zona sul do Rio de Janeiro, por volta das 15h30 deste domingo rumo ao Memorial do Carmo, no Cajú, onde ele será cremado em uma cerimônia restrita.
Na porta do local, centenas de fãs se despediram do ator com uma salva de palmas.

Durante toda a madrugada, muitos famosos estiveram no teatro para prestar solidariedade à família de Wilker. Muitos deles pareciam ainda não acreditar no ocorrido. “Hoje foi o dia do dolorido adeus. Meu querido, único, especial, generoso, grandioso Zé”, escreveu Cleo Pires no Instagram após participar do velório ao lado do namorado Rômulo Arantes Neto.
Muito abalada, Claudia Montenegro, namorada do artista, deixou o teatro amparada por uma das filhas dele, Mariana Vielmond. Wilker dormia na casa da jornalista quando sofreu uma parada cardíaca. Ao acordar e perceber que havia algo estranho, ela chamou o serviço de emergência do Hospital Samaritano, porém quando os médicos chegaram ao apartamento ele já estava sem vida.
Trajetória
José Wilker de Almeida nasceu em Juazeiro do Norte no dia 20 de agosto de 1947. Ainda criança, mudou-se com a família para Recife.
Aos 13 anos viu um anúncio de jornal com vaga de locutor de TV que lhe chamou a atenção. Como gostava de ler em voz alta, achou que aquela seria a oportunidade perfeita, mas não contava com o fato de que a frequência da voz de todo adolescente fica comprometida. Após perder a vaga, ganhou uma ponta como figurante no teleteatro da TV Rádio Clube.
A vida como ator profissional começou no Movimento Popular de Cultura (MPC) do Partido Comunista, onde estudou teatro, dirigiu vários espetáculos e realizou documentários sobre a cultura popular.
Em 1967 mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar Sociologia, porém decidiu largar a Universidade para dedicar-se exclusivamente ao teatro.
Após ganhar vários prêmios, foi convidado pelo escritor Dias Gomes para integrar o elenco da novela “Bandeira 2″, em 1971.
O primeiro protagonista veio em 1975 com Mundinho Falcão em “Gabriela”. Também foi personagem principal da novela “Anjo Mau”, em 1976, mesmo ano em que estrelou o longa-metragem “Dona Flor e Seus Dois Maridos” ao lado de Sonia Braga e Mauro Mendonça. Em 1985, viveu Roque Santeiro, personagem central da trama homônima escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva. Já em 2004 interpretou o divertido Giovanni Improtta, de “Senhora do Destino”, que virou filme. Atuou em várias minisséries e em 51 longas.
Como diretor, comandou o humorístico “Sai de Baixo” (1996) e as novelas “Louco Amor” (1983), de Gilberto Braga, e “Transas e Caretas” (1984), de Lauro César Muniz.
Antes disso, já havia dirigido duas novelas: Carmem (1987), de Gloria Perez, e Corpo Santo (1987), de José Louzeiro, em uma rápida passagem pela TV Manchete.
Entre 2003 e 2008, foi diretor-presidente da Riofilme – distribuidora de filmes do município do Rio de Janeiro.
Seu último trabalho na TV foi na recente novela “Amor à Vida”, onde interpretou o médico Herbert.
As informações são do site “Memória Globo”.

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